Short Roles - Spooky Halloween Night ~ Observando com os seus olhos semelhantes a de uma coruja, ou de uma velha gata que espera pacientemente para agir, a professora Mcgonagall aguardava o momento certo para silenciar a algazarra que decorria no Salão Principal. Verificou a chegada dos alunos estrangeiros e da directora de Beauxbaton, Madame Maxime, cumprimentando-a com dois beijos e dando-lhe espaço para se acomodar num dos lugares vazios da mesa dos professores. Fez um sinal a Hagrid para voltar para a mesa dos professores para finalmente dar o recado. Pegou na pequena sineta dourada com uma certa serenidade e relutância. Em tempos pertencera a Dumbledore, o antecedente de Mcgonagall no cargo de director de Hogwarts. Apesar de já ter aceitado a sua partida, ainda estranhava o facto de ser ela a ocupar quem em tempos se sentava naquele lugar e emainava tanta grandeza e segurança a todos aqueles feiticeiros e feiticeiras que faziam parte de Hogwarts. Cabia agora a ela, Minerva Mcgonagall, representar esse estatuto e isso ainda a incomodava. De certo que pensara vezes sem conta como seria ser directora de uma escola como aquela, nos seus dias em que era somente a Chefe de equipa dos Gryffindors. Agora, esses dias pareciam distantes. Já não era ela quem cuidava e protegia os seus Gryffindores nem disputava com Snape pela melhor equipa do ano. Excepto ela, ambos os dois tinham partido por causa de Voldemort, juntamente com tantos outros inocentes.
Tocou então a sineta repetidamente. O silêncio foi imediato.
- Vejo que o banquete foi do vosso agrado e que mais uma vez, todos participaram nesta festa que foi preparada com tanto cuidado pelos nossos professores e funcionários. Mais uma vez, um obrigada a todos vocês.
Olhou para ambos os seus lados, fazendo um aceno aos professores e funcionários presentes.
- Devo dizer, porém, que a festa não irá continuar, sem antes vos dar duas notícias.
Ela reparou os alunos a olharem uns para os outros confusos, alguns já com os seus adereços prontos para o Baile de Máscaras, não fazendo a mínima ideia do que se iria seguir. Sorriu.
- Em primeiro lugar, quero-vos apresentar a professora e directora Madame Maxime, e os seus alunos que, com todo o gosto, aceitaram os convites por parte dos seus colegas de Hogwarts que este ano participaram no intermcâmbio de escolas, no âmbito do projecto do Curso de Inserção nas Artes Mágicas. Dêem-lhes as boas-vindas.
Patrícia, já com a sua máscara posta nos olhos, viu Yves levantar-se do seu lugar e fazer uma pequena vénia a todos, quando a professora Mcgonagall apresentava-os. A directora Madame Maxime seguiu o mesmo exemplo e fez igualmente uma vénia muito educada. Ela ficou satisfeita por todos baterem palmas. Quando Yves se voltou a sentar, sorriu-lhe e voltou de novo a sua atenção para o segundo aviso que a professora Mcgonagall tinha a dizer.
- O segundo aviso, e talvez o mais importante, é a actividades que nós, professores, vos propomos para esta noite. Sei que estão ansiosos pelo Baile de Máscaras mas primeiro, iremos ter uma actividade prática colectiva. Essa actividade prática consiste numa missão que cada um de vocês terá que realizar durante esta noite, seguindo pistas e orientações. Ser-vos-á pedido para formarem grupos de 3 a 5 elementos e, unindo com os vossos poderes e virtudes, passar por todas as tarefas que a vossa missão vos compete. Basicamente, haverá algo que terão no final de encontrar ou de passar. Cada grupo terá um percurso de missão diferente, mas todos irão dar ao mesmo objectivo. O primeiro grupo a chegar ou a encontrar essa coisa, ganhará a actividade e cada elemento do grupo receberá 25 pontos para a sua equipa. Obviamente que, os alunos estrangeiros não receberão pontos para as suas equipas, mas todos irão receber um prémio que só será revelado no final. Devo lembrar que, mesmo que não ganhem, o vosso destaque será contado como pontos a ponderar nas notas do final do período.
- Antes que formem os vossos grupos, primeiros e segundos anos poderão fazer par com quem quiserem, desde que seja do primeiro ou segundo ano. Porém, todos os alunos a partir do 3º ano já estão pré-seleccionados para os respectivos grupos. Queremos que esta actividade também sirva para avaliarmos algumas competências que queremos ver presentes nos grupos que formamos.
Ouviu-se uns quantos "Ohhs" aborrecidos e Patrícia não deixou de concordar. Detestava quando faziam isso na sua antiga escola: era mil vezes preferível ficarem com os amigos do que com pessoas que não conheciam ou que não se davam bem. Por um lado seria até bom conhecer mais alunos, mas esperava mesmo assim ficar com alguém conhecido, se não iria ser uma seca.
- Mas não fiquem preocupados. Nós tivemos em conta os vossos anos e relacionamentos e tentámos criar grupos o mais equilibrados possível. Assim, o percurso de um grupo com elementos exclusivamente do 6º ano será diferente de um grupo composto por alunos de terceiros e quartos anos. Esclarecidos?
Ninguém contestou e até pareciam estar todos dispostos à tal actividade organizada pelos professores. A primeira reacção de todos foi achar a ideia um bocado secante, mas agora que comentavam uns com os outros os perigos e desafios que lhes poderiam ser pedidos (ainda por cima numa noite de Halloween) estavam todos entusiasmados por começar.
- Ora bem, vou pedir ao professor Calpúnio para que anuncie os grupos que formamos. Quando forem chamados, levantem-se dos vossos lugares e reunam-se com o vosso grupo, de forma a estarem dispersos por todo o salão. Imediatamente, um professora irá vos entregar o percurso da vossa missão e revelar-vos mais algumas informações. O vosso percurso poderá abranger qualquer parte da escola, excepto a Floresta Proibida e o Lago Negro.
Quando a professora acabou de dizer isto já os professores encontravam-se de pé, prontos a entregarem as missões a cada grupo.
O professor Calpúnio, com o seu ar ainda mais frio e severo que a própria professora Mcgonagall, pegou numa longa lista, começando a lê-la.
- Angela Skeelinghen, do 6ºAno; Michael Stuwart, do 6ºAno; Peter Blaison, do 4ºAno; Susan Mendeleeks, do 4ºAno -
Grupo ADurante algum tempo, os grupos pareciam um pouco perdidos e desorientados. Os professores tiveram que ir para junto dos grupos de forma a que ficassem distribuídos pela sala e organizados. Esse processo demorou mais do que eles pensavam, e o professor Calpúnio tentava acelerar o chamamento dos alunos, de forma a que fosse mais rápido.
- Professor Calpúnio escreveu:
- - ...Joanne Landson, do 3ºAno; Vivian Wandric, do 4ºAno; Grupo J
A maioria dos alunos já tinham os grupos formados. Ela ficou mais calma por saber que todos os grupos tinham pelo menos 2 alunos de cada ano. Praticamente todos estavam satisfeitos com os seus colegas, exceptuando um caso ou dois onde tinham alunos de Slytherin e alunos de Gryffindor.
- Nesse caso, se calhar ficamos os dois juntos, não achas Yves?
E, esperando ansiosa, prestou atenção aos nomes que o professor Calpúnio ia chamando. O professor já ia quase no grupo Z e Patrícia estava curiosa por saber como iriam se chamar os próximos grupos, pois pelos vistos as letras do alfabeto não eram suficientes para dividir todos aqueles alunos por grupos.
- Professor Calpúnio escreveu:
- - Fiona Carter; Titus Green; Patrícia Stauson; Yves Delamour e Stella Ramani do 5ºAno - Grupo Alfa.
Quando ouviu o seu nome a ser chamado, um arrepio nervoso percorreu todo o seu corpo e levantou-se de repente. O problema já estava resolvido: iriam passar a utilizar as letras do alfabeto grego para os últimos grupos. Olhou para Yves e Titus, contente por terem ficado juntos, e juntaram-se a Fiona, também mostrando um sorriso de alegria por estarem todos juntos. Mas ela não tinha prestado atenção ao nome do último elemento do seu grupo, e esse sorriso desvaneceu-se quando viu Stella a caminhar para junto deles.
- Aqui têm o percurso da vossa missão. Quando acabarmos de chamar todos os grupos, iremos dar sinal para partirem. O castelo é suficientemente grande para se espalharem e realizar a missão com o vosso grupo. Dou-vos um aviso: alerta constante.
E, com aquela frase enigmática, a professora Kyngston deixou o grupo, indo agora na direcção de outro.